quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Carta para a Natureza

Oh natureza, 
onde escondes tua beleza?
Vim só pra te contemplar,
não vim para te matar.

Imundos moradores deste mundo,
Nada querem deixar,
destroem tudo.
Nem água irá sobrar!

Perdoe, natureza, perdoe
Eles não sabem
que isso tudo pode doer. 
Acham que tudo podem,
tudo devem fazer.

Tudo voltará a ti,
como se fosse o inicio do fim.
Eles vão ver, que devem a você
e vão devolver, mesmo sem querer.

Tenha pena de quem tem pena,
tenha dó de quem te ajuda.
Condena! Natureza condena
quem de ti não cuida.

Poema de Gustavo Pareschi, visite seu blogue Rota de Fuga.

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Dia de comemorar

Há felicidade no recinto
risos se espalham pelo ar
é uma roda de amigos, pressinto
todos a mesa destinados a brindar

Copos cheios de alegria
uma homenagem a amizade
a comemoram a cada dia
e prometem a eternidade

Festejar é ritual sagrado
respeitado todo santo dia
e fazem um batuque animado
afim de manter a harmonia

Estão sempre unidos
e com combustível na mão
momentos marcantes vividos
amigos semelhantes a irmãos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dentro de nós há um Pierrot


Saudações leitores!

Somos todos poetas caso não saibam e pensando nisso, idealizamos um projeto fixo para publicarmos poesias diversas, de diversos autores, de diversos corações e razões. Abriremos a partir de hoje um espaço para tímidos escritores e expressivas mentes, para publicarem todas suas transcrições.

Abrimos esse espaço para que escritores sem tempo ou interesse em organizar um blogue possam expor seus textos, sejam eles poemas, contos, haicais, versos soltos e qualquer outra forma de expressão escrita.


*♦ Os autores se tornarão colaboradores, contudo, os textos manterão sua autoria original, não pertencendo ao blogue, pertencendo apenas ao autor. Caso queira nos entregar seu poema notifique isso na mensagem de envio.

♦ Pra enviar seu texto, basta enviar um e-mail para rafysta7@gmail.com, ou também uma mensagem na página no facebook do blogue. Com o título do texto, tipo de texto e o nome do autor, seja pseudônimo ou nome verídico.

♦ Após o envio, analisaremos seu texto, verificando a formalidade. Caso hajam erros gramaticais notificaremos ao autor, e se o mesmo achar necessária a correção aguardaremos novo envio, não havendo necessidade publicaremos o texto.

♦ Textos dos colaboradores serão publicados inicialmente às terças e quintas, com prévia notificação ao autor e permissão do mesmo. Havendo poemas suficiente tentaremos publicar com mais frequência poemas do projeto.

♦ Se você não escreve mas tem vontade de participar, pode nos contatar que o pouco que sabemos ensinaremos.

* Há um projeto para tornar o blogue em uma antologia, portanto todos os textos pertencentes ao blogue farão parte do projeto, caso queira participar notifique um dos autores. Para esses colaboradores informaremos sobre o processo de registro autoral para o livro.



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mais vale o respeito



É mergulhar no mais fundo dos rios;
Deleitar-se no entoar de um corão;
Atarantar o mais calmo dos mares;
E afagar-se do mais pleno machismo.

Amar à bunda, a bunda ao mar;
Martelar na mente aquilo,
Desejar mais que o sinto,
É o que ela me faz pensar.

Lisonjear o que é meu em riste;
Recolho meus dedos por todas as bandas;
Aprumo meu libido sem vil esperança;
De que essas bandas vão me abandonar.

Relaxo e aproveito,
Pra não repetir um clichê sem respeito;
Que essa minha mulher só me faz delirar;
E não cabe apenas relaxar e gozar.

Mais que qualquer bunda ou peito;
Mais vale o respeito;
Que a ela
e apenas;
Pretendo entregar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sereia

Ginga na areia da praia
e convida o mar para um bailado
com suas pernas finas e a longa saia
disposta a deixa-lo endiabrado

O balanço mágico faz sucesso
o olho a olho é perdição
sua serenidade o deixa perplexo
encontra-se em pura diversão

Gira e sorri de braços abertos
inconfundível o tempero do canto
conduz as ondas para o caminho certo
afoga as mágoas e qualquer pranto

Acalmou as águas com facilidade
a bravura da maré se rendeu
na dança mostrou simplicidade
e na beira do mar floresceu.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Reggae do feio

Tu quer saber pra onde ir
sem saber de onde veio
quer correr atrás dos sonhos
sem sequer ter andado primeiro

degustando inconscientemente tudo que conveio
dependurado em elipse nesse tiroteio
troca de tiro de ideia pensamentos vãs
fica pulando decisão que nem faz sapo e rã

e de manhã acorda sempre com esse mesmo dilema
tentar ser bom e ser ruim não é nenhum problema
os extremos se enconstam isso é bem normal
faz com razão e o coração que tu vai ser o tal

a fé muda pessoas, 
acredite em si mesmo
não tente ser alheio
tente sempre a esmo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cheiro de flor

Grande menina, coração pequeno
imbatível com suas unhas avermelhadas
oculta feito o despencar do sereno
vulnerável a estrondosas gargalhadas

Avante, o mundo lhe espera!
nada a impede de fantasiar
natural como as flores da primavera
amena como as ondas do mar

Carrega consigo um charme ímpar
um riso que transborda o rosto
teu infinito é mais que se imagina
é crime a olhar com desgosto

Desafio não se deslumbrar
o encanto é questão de tempo
com ela é obrigatório sonhar
com ou sem argumento.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Desaponte

Estudar um pouco;
Se aprofundar mais;
E não aprender nada;
[na verdade]

Ir pra escola;
Sair da faculdade;
E não viver de verdade.

O que dizem pra gente;
Sobre ser um alarde
E não fazer nada
Com aqueles covardes;
[na verdade]

É uma maneira, a melhor maneira;
De se esquivar da culpa;
De não ter feito nada;
A despeito dos familiares;

Familiares forjados;
Ínfimos, relaxados;
Gente que não ama de verdade;

MCs da pouca vergonha;
Reis da falta de boas cegonhas;
Aqueles que fazem da sua vida;
Mais uma vida à beira da margem
[sem vergonha]

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um só

A moça não carece do poeta
seus passos são lindos versos
mesmo que atue de maneira discreta
deixa ao seu redor tudo disperso

Seu silêncio convence a aglomeração
os convence que terão de aplaudir
além de adocicar o salgado coração
e a dura cabeça iludir

Não arrisque reverter a situação
jamais conseguirá lhe causar amor
é invencível no jogo de sedução
o vento eternamente sopra a favor

A vida do poeta é à descrever
a vida da moça é o confundir
ele finge entender
ela finge resistir.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Viver pela metade

Tem gente que foge da verdade,
Esconde num sorriso a felicidade,
Abraça a tranquila casualidade,
Esquece de fato a beleza que arde.

É difícil aceitar a vida pela metade,
Sem completar os desejos apáticos.
É mais fácil correr atrás do palpável;
E estender as risadas porque é mais agradável.

Mas a vida pela metade,
Por mais que não se satisfaça de fato,
Vai sempre agradar mais que o incerto
E te acomodar mais, mesmo que não seja sincero.

Muitas implosões por poucos sentimentos.
Deixa sarar tuas lesões, foge desse tormento.
O olhar do teu sorriso é inclusão,
Acalmar teu coração;
não vai te dar esclarecimento.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ciranda

Solta pipa, rola a bola, roda o pião
criança se diverte na rua 
sem medo, sem vaidade, haja imaginação
está no quintal, mas é o dono da lua

Feliz, pois não aprendeu o amor
      mas tem amor pela liberdade        
pouco importa se faz frio ou calor
esbanja toda a sua felicidade

Leal ao teu nome criança
como pode ser tão inocente?
é onde deposito esperança
é a salvação de um mundo carente

Um dia irá crescer
mas o moleque é imortal
nem pense em deixar morrer
essa tua fase carnaval.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Sim pro erro, não pro acerto

a ambição do amanhecer
de fazer tudo esplandecer
de se manter em refratário
pra tudo o que é extraordinário

é o reflexo de todo ser
que sempre tenta o bem viver
e acaba sendo mais um raio
vindo do céu feito paspalho

toda tolice que é respeitada
legitima a possível e desalinhada
individual carreira de desertor

todo tolo de vida desvairada
que segue as ruas desniveladas
admitem ser um bom infrator

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Universo quase paralelo

Amante de amores utópicos
daqueles que tiram o sono
de mulheres belas e seus protótipos
e os inesquecíveis abandonos

De poesias jogadas ao vento
que ninguém apanhou para ler
onde o sofrimento é questão de tempo
e o tempo te ensina a viver

Amores de lágrimas exaustivas
e de risos poucos corriqueiros
de depressões chamativas
e sentimentos verdadeiros

Talvez seja apenas masoquismo
e esteja longe de ser amor
mas com todo lirismo
é gracioso sentir dor.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Vem da mente e do coração

Emana da voz aquilo que exala da mente.
O que se exalta inerente ao que é pensamento;
Que se pensa inconsciente, nem sempre é relatado;
Mas da voz saem coisas que vem de ambos os lados.

Tens a voz da razão, a face do racionalismo.
Toda boa impressão é contestada sem vícios.
Não há razões ou motivos pra qualquer conformismo;
E qualquer suposição é descartada sem princípios.

Tens a voz da ilusão que é bem mais confortável,
Trás com ela um bom som, confiante e inefável.
Te agrada em bons tons, de azul e vermelho;
E de bom grado te faz se ver bem ao espelho.

O amor vale as penas quando são bem tratadas.
É razão do poema e ilusão de carijó;
Faz o opaco se encher, gratificar-se, enternecer.
Vai além de você, não vale desatar o nó.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Quase um

Há duas damas no meu peito
não que eu seja cafajeste
considero-me um rapaz direito
bem longe de ser uma peste

Mas o exagero é desnecessário
amor demais gera loucura
amar duas mulheres é hilário
duas loucas é tortura

Sei que isso é bigamia
mas não me jogue na prisão
eu preciso de terapia
talvez aquete meu coração

Os dias passam e elas saem do lado
a depressão passa com o tempo
mas antes de irem deixaram um recado
algo escrito cafajeste, não me lembro.

sábado, 4 de outubro de 2014

Juntos no mesmo barco

Todos que se fazem presentes em amizades
Carregam consigo o fardo da não-maldade
Já que amam com grande fardo de bondade
E se respeitam independente de qualquer verdade

Opiniões não se enturmam todavia
Todas as vias possuem peculiaridades
Os cruzamentos fazem com que todos riam
E se respeitem independente de qualquer idade

Resta a nós zelar pelo que é dado
o destino é bom demais com seus soldados
e a qualquer outro que o dê valor

Resta a nós velar pro mesmo lado,
pro mesmo mar, sem conflitos, pra não morrermos afogados
e quem sabe juntos gerar algo de valor.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

É ela

Provavelmente é a mais bela que vi
agradeci a Deus pelo poder da visão
incapacitado de piscar, incontrolável no sorrir
estava desconfiando de uma mera ilusão

O seu andar presenciava milhares de pés
os seus e os da multidão que lhe seguia
transformava os homens em maridos infiéis 
e atiçava a fúria nas Marias

Quando avistei, amei sem argumentos
o charme poético preenchia outro verso
seus passos são destinados ao vento
menina livre, me barateou, confesso

Os lábios são quebra-cabeças sem peças 
das que causaram emoções, o amor maior senti
quem dera eu despertar com uma dessa
realmente, a mais bela que vi.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

mar de riso

esse teu gosto de fazer querer
essa tua pena de fazer chorar
tua mania de querer mudar

vejo no riso todo teu luar
esse teu fardo pra me fazer voar
reflete ao mar o brilho do teu rosto
aquele que um dia tu me fez esboço

solta então todo o teu rancor
deixa pra mim todo o teu amor
arranca toda fúria, e se entrega sem temor

veja só o resultado
todo teu fardo se passou
não era eu o culpado
o teu problema era um favor

11 de nov de 2012 03:35

domingo, 21 de setembro de 2014

O tal

Se o indivíduo for positivo
Vai lá e fique lado a lado
Ilumine, faça-o chamativo
E o trate com o devido cuidado

Mas se o tal não aparecer
Não force sua presença
Deixe o tempo espairecer
Quando chegar, peça licença

Dizem que um dia se esgota
E que o dinheiro pode confundir
Há de gerar certa revolta
Mas sabe fazer sorrir

Sem possuir um inventor
Menino de rua, cresceu sozinho
O adotado e batizado de amor
Figura constante em todos os ninhos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Soneto sem saudade

Tem tanto gosto na sua risada
Nem o maior encosto pode tirar
Sem nenhum defeito sai teu sorriso
Bem que eu me perco nesse hahaha

Com o dente sujo de feijão
O ar da graça te deixa sem jeito
E rimos juntos sem ter razão

Com o tempo curto pra ir embora
O ar se cala com nosso beijo
E entrelaçamo-nos na aurora

Lá de cima do outeiro a gente se ama
Abaixo do céu deitamos na grama
Incomodando os pássaros com suavidade
Poupando o fardo da longe saudade

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Paz entre dois

Quando o amor adoece
o céu logo fica nublado
toda lágrima reservada desce
e a paixão é deixada de lado

A compreensão conduz o futuro
e a paz é cobiçada no romance
cada um é o seu ponto seguro
e o errar tem outra chance

Os tapas e beijos são do roteiro
o adultério é improviso dos atores
não reacenda amores passageiros
eles são sinônimos de dores

Se a adversidade persiste
se teu amor pelo fim chegou
não chore, nem se precipite 
recomece, e lembre-se por que amou.

domingo, 7 de setembro de 2014

Geração meio-termo

Nossa geração é boa?
- Talvez sim.
E você o que acha?
- Talvez não.

Você concorda com o que a sociedade diz?
- Talvez sim.
E você o que acha?
- Talvez não.

Você concorda com as reivindicações feitas pelos homossexuais?
- Talvez sim.
E você?
- Talvez não.

Você acha que nossa geração, é uma geração meio termo?
- Talvez não.
E você? Ah, já sei que não também...
- Dessa vez eu concordo.

Dá pra gente entrar num acordo
E dizer que não há esboço
Que mais ou menos esboce melhor,
A situação atual de esgoto.

Escoa nas mentes o lixo que observamos,
Vaga pelas palavras aquilo que consumimos
E tudo isso vem daquilo que pouco enxergamos.
Contudo se desfazer disso não conseguimos.

Há uma utopia breve,
Breve a se concretizar.
Prometem que ela será leve,
Espero até lá me sujeitar.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Efeito borboleta

Dormir no teu abraço
e desfrutar desta aventura
isolar todo o bagaço
e saborear a agradável doçura

Fazer um lar nos teus lábios
bem chamativos e avermelhados
teu corpo é recanto dos sábios
e desejo pontual dos tarados

Utópico analiso nosso viver
e chegamos ao seguinte acordo
concordamos que não irá acontecer
depositamos esperanças no ano novo

Acordei no teu cansaço
amar-te é ditadura
ocorreu o retorno do bagaço
quando brinquei de aventura.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Avisa pra não resistir

Seu suor ameno
E o olhar sereno
Faz prisão em mim.

Teu amor veneno,
É minha redenção.
Venha dizer que sim

Pra todas minhas perguntas,
Sobre a tua herança,
Sobre todas suas rugas
E algumas vis protuberâncias.

Quero teu colo sagrado como recompensa.
Não vale um bom trago, nem o mais valioso bem
O dia mais lindo do mundo e tudo que nele tem.
Se no final de tudo você não me compensa.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Fadado ao fracasso

Destinei uma carta ao teu endereço
a ventania enviou à outro lugar
oh, Deus! Mande-me um terço
ou um santo que me livre do azar

Nunca fui homem de sorte
amei, porém acabei ignorado
cheguei a cogitar a morte
mas tive azar ao quebrar o machado

Dinheiro jamais foi problema
não foi, porque não existiu
sou cercado de dilemas
e um ambiente pouco hostil

Rezei de todas as formas
bati todos os tambores
segui fiel as normas
na esperança de flores.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Matei pela primeira vez

Sou um assassino.
Sim, eu matei.
Matei sem dó.
Sem dó enquanto matei.

Sou um covarde.
Sim, eu chorei.
Chorei após
Já ter assassinado meu atroz.

As lágrimas escorreram
Que nem pude conter.
Doeu meu peito isso é fato

Minhas mãos estremeceram. 
Não soube o que fazer.
Foi duro ter matado um rato.

domingo, 17 de agosto de 2014

O bloco

O bloco passou cheio de agito
espalhou graça pela vizinhança
mulheres carnudas, rapazes bonitos
idosos, animais, crianças

A grávida adiou o parto
só para sorrir na multidão
e depois do almoço farto
reinou a comemoração

O amor ritmado em carnaval
o homem severo deu gargalhada
a moça singular se tornou plural
o eterno solitário descobriu a amada

O jardim alheio brochou
o jornaleiro chorou
minha redondeza se calou
sinais que o bloco terminou.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Poesia

Agora te pergunto
O que é poesia?
Fazer da lógica
Uma simples sub-rotina?

Pra mim poesia é alarmante.
Uma forma impactante de manter no lugar;
As coisas boas que sentiu ou que sentirá,
A própria dor que tu sentiu e um dia causará.

Cerque o tempo pra conter,
Tudo que irá falar.
Ninguém pode te defender,
Se tu não sabe chamar.

Quando o perigo se fizer fogo
E querer muito te apurrinhar,
Trate de ter um copo d'água
E alguma coisa pra se pensar.

O fogo queima, e não tem dó.
É impávido e vive só
Não preza nada nem tem raiz.
Surge como se vai,
E é sincero como flor de liz.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Continua lindo

Carioca é um mitológico bamba
que sai cambaleante da Mangueira
nos pés da mulata viu o samba
e babou a noite inteira

No dia seguinte, percorreu a orla
sob a ilustre brisa de Copacabana
sempre sambando na sola
suplicando para o céu: Abana! Abana!

Tomou o seu líquido diário
saudosa água que passarinho não bebe
lá se vai a metade do salário
o recuperará em breve

Disse que o remédio é o mar
o porre passa com o tempo
foi ao Corcovado para pensar
e iniciou um bailado com o vento

Balas perdem-se nas curvas agudas
donas da areia provocam os rapazes
que assoviam de maneira absurda
imediatamente imploram para a patroa as pazes

O Rio de janeiro nasceu sorrindo
criados em um nobre ritual
mas no encerramento de domingo
o carioca se torna um mero mortal.

domingo, 3 de agosto de 2014

Aceitar os fatos

Viver reprimido ou
Continuar calado
Falar dos bandidos ou
Ignorar o fato

De que a boa é sair
Buscar novos horizontes
Que esse lugar só vai imergir
E aumentar o risco de morte

Escolher qual dos lados é mais agradável
Não é lá as melhores opções
Aceitar que há políticos em algum lado
É uma das mais viáveis conclusões

Mas concluir e sugerir não resolve
Tem que coibir, educar,
Ensinar o que é ser homem

Quem sabe se largarem o revólver
Já dê pra tentar incentivar
E acordar aqueles que dormem