Eu gosto de histórias completas
Do ardor da vitória de quem as leva
Eu sinto a poesia indiscreta
De quem as viveu e manteu dialética
Eu gosto do amor dos poetas
E de qualquer um que saiba amar
Eu gosto de os ver se atrevendo
E errando tanto sem pensar
Eu gosto da vida incorreta
De quem faz tudo por amor
De quem não ama por carinho
De quem só ama por sabor
Eu gosto da sina petista
Do cantor, do compositor
Que quando se apresentam na pista
Amam a todos com tanto louvor
Eu gosto da voz que te leva
A fazer tudo aquilo do amor
E aquela que vem bem direta
E te diz onde o vento o levou
Essa voz que me disse uma vez:
Se tu gosta do amor, vai gostar de alguém
Essa voz é a que hoje me diz:
Não se precipite há de chegar a tua vez
sábado, 28 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
Mar de poucos
Meu mar é cabuloso
as ondas desnorteiam
o tubarão é guloso
os piratas saqueiam
Não ouse navegar
as águas são turvas
seu barco irá naufragar
mostrarei a ti amarguras
Brincarei com teu medo
minhas sereias te encantarão
desvendarei seus segredos
não haverá salvação
O pânico me alimenta
a bravura me deslumbra
o destemido aventureiro entra
o covarde perde-se na penumbra.
as ondas desnorteiam
o tubarão é guloso
os piratas saqueiam
Não ouse navegar
as águas são turvas
seu barco irá naufragar
mostrarei a ti amarguras
Brincarei com teu medo
minhas sereias te encantarão
desvendarei seus segredos
não haverá salvação
O pânico me alimenta
a bravura me deslumbra
o destemido aventureiro entra
o covarde perde-se na penumbra.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Se faça nessa trama
Faz na cama o amor, paga o sono sem dispor
Da sua inviabilidade de não querer se recompor.
Ama a gana da flor, faz dela um cajado bem leve.
Pra abrir o mar como Moisés ou deixe que te carreguem.
Já na cama do amor, que você ama tanto,
Deixa o pranto de lado, e trate de amá-lo.
Já no dia seguinte, que você exala o pranto,
Deixa o amor em seguida, se dispor do teu lado.
Agora a bola da vez é você rebater
E dizer pro amor tudo que tem pra dizer.
Fala pra ele do canto que você manifestou
No seu peito quieto, mas lhe causou tanta dor.
E aquele dia das flores, as que você recusou.
Que tu as quis como nunca, mas por alguém dispensou.
Agora lembra esse amor, que o passado já era
E que agora és só dele e de ninguém se esmera.
Pronto, acabou, já esvaziou o teu peito?
Agora pega na mão e acaricia sem medo.
Diz que é só dele e que ele também será só teu.
Diz que é nele que vê aquilo que nunca conheceu.
sábado, 14 de junho de 2014
Vice-versa
A poesia é uma mulher
que se produz e se maquia
e faz bem o que quer
toda linda, causa euforia
Enfeitiça o lado contrário
o próprio lado talvez
realmente é algo hilário
oposto de toda sensatez
Há quem não entenda
ou tenha preguiça de explicar
quando souber, venda
o mundo irá gratificar
Eu só sei amar
dizer isso é clichê
não há como desprezar
a arte poesia-mulher de ser.
que se produz e se maquia
e faz bem o que quer
toda linda, causa euforia
Enfeitiça o lado contrário
o próprio lado talvez
realmente é algo hilário
oposto de toda sensatez
Há quem não entenda
ou tenha preguiça de explicar
quando souber, venda
o mundo irá gratificar
Eu só sei amar
dizer isso é clichê
não há como desprezar
a arte poesia-mulher de ser.
terça-feira, 10 de junho de 2014
Desanuvie
Em desgaste se embarace,
Nesse entrave sem que o baque;
Te desanuvie.
Entre os ares dos enfoques,
Que eu atei na tua alegoria;
Entro em desalinho.
Convoco todos meus amigos pra dizer,
Que você, doce razão, não carrego mais consigo,
Já que me poem sempre em prisão e não me trás nenhum abrigo.
Torço pra ti, que alcance teu altar
Mas na cabeça daqueles de lá,
Que não acreditam no amor.
Pois foi você quem me ensinou:
A razão da vida é o amor,
E toda incoerência que ele trás,
Porque sem ele a vida era pouca,
E não há nada mais que satisfaz.
Não há condolências internacionais,
Vestimentas do mais alto cunho social,
Libertinagem boa — a mais sagaz —
Que supere um doce e sincero amor escomunal.
Se desenrole, desanuvie
Te ame mais, ame a si mesmo
Me ame atrás, com peito a esmo
Entre as aves da paisagem:
Libertinagem do amor às margens
Da avidez de uma paz sem risco.
Assinar:
Postagens (Atom)