quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

alerquim e a amizade


- aquela que me causa dor
é só resultado do meu amor
- eu lhe avisei pra não se apaixonar
agora fique aí com esse teu rancor
- que rancor que falas?
ela só me deixou umas falhas
e um medo de um novo amor
- então, tá aí, se não é rancor é saudade
vai atrás dela compadre, não há deixe escapar
- mas de que adianta? ela preferiu um menos fugaz
aquele Pierrot que com cartas a satisfaz, 
minha ventura já não lhe agrada mais

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

me faltou dizer

a gente tem aquilo que convém
mas é certo que o que vem é bem-vindo
desde que seja bom, pra nós dois, né meu bem?
eu vi que ontem você não me deu o beijo
aquele de boa noite, cheio de desejo
depois do amor que a noite fizemos
me pareceu algo tão obsoleto
não tô mais te entendendo
tá chegando tarde e com outro cheiro
o que há? o que está havendo?
você está tão longe e assim tão perto
nosso conjunto se dividiu
nosso amor se partiu
e o que senti não conveio



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Devaneio nocivo

Era manhã, e olhando da cama, a janela parecia me sorrir.
Belo dia fazia, o sol brilhava feito os dias em que me senti bem, com a áuria que me fazia rir.
De repente veio a penumbra, insolente me tomou a atenção da luz, me tornou a caminhar em devaneios de baixo calão, pensamentos chulos e sem previsão.
Colocou-me em genérico, numa tristeza sem chão.
E a solidão?!
Passou a me acompanhar então.
Me virei e voltei a dormir, por que não? Ouvi o soar da voz doce, melodia frouxa, boba, tola e bela.
Arrepio do coração, batidas fortes, sentidas de longe. Virei-me e admirei, era você a silhueta que trazia a penumbra á minha cabeça.
Enfim notei, era coisa da minha inocência, você ali na janela a me sorrir, sendo que assim tão bela, nem tem olhares pra mim.



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Disse a razão

sem graça a vida do meu coração
perdeu toda cor que possuía
deixou levar das mãos o amor que tinha
acabou em solidão, sozinha

ninguém soube, mas um viu
e sorriu, quando sentiu
era a abstrata e sensata razão

cativou o amor do coração
e o disse: não tema
agora estás pronto pro que vier
 

agora verás, matuto, sagaz
com frieza quem realmente és
a quem deverás entregar teu valor,
áquele que não te trará mais a dor