segunda-feira, 22 de maio de 2017

Errado

É, mirei de perto. Longe era certo.
Os detalhes eram tão inerentes, não teve como deixar quieto.
Calado reparei no ego. Ferido por faca cega.
Apegado à fivelas e berros,
Sem entender que a calça caiu, olhando pra baixo rindo, me rendo.
Espero que dessa vez o meu favorito seja sincero.
Preocupado demais em entender o que compreendo me esgoelo.
Choro no caminho, provando que senti, sei que erro.
Porra, me ferro.
Na real me fodo.
Enquanto não assumo que sinto a maior fraqueza dos elos.
As eras passaram e agimos como selvagens em selvas de ferro.
Prospero a prospecção que fiz do amor enquanto usava meus ternos.
Calça de moletom e camisas emprestadas.
Masculinidade forte em ser fraco com espadas.
Luto contra mim mesmo para tentar ser cortejada.
Ideias vazias de si mesmo em prol de gente empoderada.
Com poderio nuclear em te fazer venerar adultério.
Tarja preta nos olhos quando mirados a si.
Quem sabe liberte um pouco de Gestério.
Não quero que meus netos reproduzam isso aqui:
Ódio.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Doce inferno

Era uma chuva de desinteresse 
numa nuvem carregada de querer 
atiçávamos ao erro e foliávamos a mentira 
mascarávamos a verdade em prol do prazer 
duas facetas maquiadas
semelhante à mulheres frequentes em festas noturnas 
tornando-se irreconhecíveis 
éramos assim, cheios de pó no rosto
sem vergonha nenhuma no mesmo 
a cada palavra trocada, era uma rasteira na fidelidade 
leigos sábios no adultério 

Errei e vivi 
como nunca tinha feito antes
certamente não na mesma proporção de errar e viver
talvez não fizesse novamente
questão para tempo, corpo e solidão
reunirem-se, decidirem e responder

Foi a primeira vez que avistei o pecado
ele atendia por nome de mulher
possuía e persuadia com pernas grossas
promovia anseios e burlava minha fantasia
que me perdoem os religiosos 
eu nunca quis o céu.