a visão do mundo é cega
o mundo não tem olhos
o visionário é iludido
só enxerga pelos sonhos
a realidade desvirtua
a mortalidade se atua
a ociosidade se apresenta
toda sinceridade se ausenta
ainda há um canto utópico
em meio a correria da cidade
ainda há um brado honrado
em meio a obstrução da verdade
pra todo desuso desse quindim
há o bom uso da falcatrua
e ainda há guardado no bolso de trás
um rapaz bravo pra mudar o país
sábado, 28 de setembro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Tempo ruim
Céu nublado, lembro de ti
na chuva, a se despir
vento forte, tristeza passava longe
possuía a calma de um monge
Como toda tempestade, passou
é, acabou o amor
ah, da saudade não sinto o sabor
enfim, o sol raiou
A dor que te atinge
me comove a certo ponto
o desânimo que transmite
me deixa tonto
Sei que o temporal voltará
destruindo alma e coração
não me protegerei, pode molhar
de guarda-chuva não faço questão
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
De ateu a comungado
que deus conceda em valsa
esse nosso desprendimento
que deus planeje a clausura
pr'eu te ter por um momento
vou pedir pros anjos
que minuciem nosso encontro
e que esses teus demônios
não nos roguem desencanto
e que minha fé possa apontar
qual caminho devo seguir
e que deus não me desconte
o quanto eu o reneguei
e que se dane todos os condes
da minha antiga aflição
eu me aprumo em horizontes,
pontes do amor em comunhão
domingo, 15 de setembro de 2013
Meu sertão
A água ilusória nas casas
transborda nos olhos populares
azar meu não ser anjos de asas
iria voar alegrando os lares
Porém o sorriso insiste em aparecer
serena, a gaita conforta o sertão
há esperança no velho amanhecer
clamo ao céus que regue o meu chão
Nosso gado enfeita a terra
meu deserto é cenário de guerra
a fé afoga-se nos mares de areia
oceano sem a presença de sereias
Gonzaga orai pelo povo
e a chuva caia no telhado
numa vida repleta de estorvos
desejo meu caminho molhado.
transborda nos olhos populares
azar meu não ser anjos de asas
iria voar alegrando os lares
serena, a gaita conforta o sertão
há esperança no velho amanhecer
clamo ao céus que regue o meu chão
meu deserto é cenário de guerra
a fé afoga-se nos mares de areia
oceano sem a presença de sereias
Gonzaga orai pelo povo
e a chuva caia no telhado
numa vida repleta de estorvos
desejo meu caminho molhado.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
O conto da padaria - Os Sonhos
E na padaria me disseram:
— acabou o pão, agora só tem sonho
Respondi já desgostoso do dia que havia passado:
— então me vê uns dez, pois há tempos não durmo, há dias não curto a noite de olhos fechados
— senhor, aqui é padaria e não um “consultório psiquiátrico”, deixe de ser mal-humorado
Calei-me, seu Joca estava certo, nem agradeci os sonhos fui pra casa comê-los quieto.
E na casa me disseram:
— amor, acabou o leite, dá pra ir trazer mais?
Respondi me afagando com a doçura na fala daquela mulher, da minha mulher:
— claro meu bem, logo vou, só me deixe guardar as coisas do trabalho
E fui de volta a padaria, dar de cara com o padeiro já desgostoso de me ver voltar.
— tem pão? disse-lhe. Apenas para ver corar sua branca pele, e embaraçar mais ainda seu dia.
— não rapaz, você já não tinha vindo aqui ainda agora? não me ouviu dizer?
— ah sim, desculpe-me, e leite, tem aí? Ou vou ter de ir buscar num consultório psiquiátrico?
— olha, não tiraste o dia pra me atazanar moleque? Pois se veio, caia fora já ou lhe dou uma sova!
— não, que isso seu Joaquim, vim em busca da lata de leite, mais nada, tem aí?
— claro que sim, já venho.
E fora buscar o tal leite, que na minha opinião me ajudou a repassar o meu estresse pro coitado do seu Joca, bom, sei que é errado o que eu fiz, e que costumo fazer. Dar aos outros os meus problemas, causando alguns descasos para transmiti-los.
— tá aqui, dê me o dinheiro e caia fora
— tome, pode deixar que só lhe incomodo amanhã, até!
Saí de mansinho, e ao rabo de olho pra ver se ainda tinha um respaldo da fúria que deixei àquele homem, é seu Joca, dessa vez eu venci. Mal sabe seu Joca que é meu pai, e toda essa enfadonha vontade de fazê-lo me dar o olhar mesmo que com fúria por dentre a íris, é pra ter o olhar de meu pai, que descobrira há pouco quem realmente era.
Jaz aqui então, o meu primeiro conto, não sei bem ao certo se assim posso rotulá-lo, mas que fique assim, gosto mais, mais bonito que dizer fanfic. Nada contra. Mas prefiro "conto", e este é "O conto da padaria", espero que gostem, e por favor, avaliem ao gosto e me digam o que vos fora agradável e desagradável, vou ficar muito grato por qualquer comentário, obrigado pela leitura!
sábado, 7 de setembro de 2013
Casal perfeito
Depois das noites de amor
no lençol, cheiro de licor
marca de beijo no pescoço
estou em pleno alvoroço
E mil loucuras
somos fora do padrão
apelidados de casal doçura
não temos frescuras
Deitados na rede
a euforia toma conta
misturada com alegria
me faz cócegas, que magia
O futuro nos aguarda
me acompanhe com sua risada
que cai bem em qualquer hora vaga
minha menina, minha joia rara.
no lençol, cheiro de licor
marca de beijo no pescoço
estou em pleno alvoroço
E mil loucuras
somos fora do padrão
apelidados de casal doçura
não temos frescuras
Deitados na rede
a euforia toma conta
misturada com alegria
me faz cócegas, que magia
O futuro nos aguarda
me acompanhe com sua risada
que cai bem em qualquer hora vaga
minha menina, minha joia rara.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Ânimo animal
A cabeça no lugar
Sem soltar as mãos de lá
Não devolva a tua espada
Se desprende do que te faz mal
Alguém te deu um valor próprio
Que tu confundiu com solidão
E o perdeu, em meio a sampa
E as tampas rudes da aflição
Deixa a cabeça se soltar
Largue tuas mãos do teu quindim
Me dá aqui essa espada,
Que agora eu luto por você
Não há mais nada a lamentar
Não há contornos nos desvios
Só há saída se lutar, ânimo,
Que eu tô contigo, não vá desafinar.
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