quinta-feira, 16 de abril de 2020

Por que existem lembranças ruins?

Dando o papo mais do que reto sobre
Sinto que andei mais do que torto e pútrido
Mais do que sórdido, lúcido
E Lúcia, eu nunca te falei isso mas sempre foi tudo podre

As lembranças que mais do que lambanças
Foram públicas as finanças
Transparentes, sólidas e as cobras
Cuidaram de tudo, até das mudanças

Premissas boas a gente se deu, não foi?
Um eterno amor de fim de semana
Dolce&Gabbana mais barato que prédios
Isto, os prédios mais caros de Copacabana

Como pode lembranças ruins,
Tudo que sinto é tão bacana
Seu olhar boludo mirando pra cima da cama
A cabeça não sei onde mas encostada em mim

Eu queria dizer que te ama
E que podia tudo parar numa casca de nóz
O universo inteiro num átomo
Quem sabe um colchão numa cama de nós?

Tomo calma pra não beber do tédio
Leio a paciência das fotos que posta
Não me prometendo nada,
Enquanto me permito sentir tudo

Um orgulho tão exagerado aqui sabe,
Se eu pudesse transformava tudo em dinheiro
E saía comprando/distribuindo comida por aí
Acabava com a fome do mundo e com essas cores estranhas que habitam assim