segunda-feira, 29 de abril de 2019

Tempos de paz

Que todo peso voe para longe 
sejamos folhas de outono caindo ao chão 
de mãos dadas e teu pessimismo se esconde
de peito aberto almejamos redenção 

Amantes de improviso, buscamos fuga do roteiro
aviste o teto azulado, é céu de vitória 
mira teu calendário, há dois sóis em fevereiro 
feche os olhos e enxergue a glória

Que varramos o passado dessa casa 
e deixemos os tapetes fora disso 
que teu pássaro interior bata asa 
mas meu ninho seja o teu abrigo 

O pranto preso permita sair
bandeira branca irá se estender
somos vasos ruins, iremos cair
e não quebraremos, pude escrever.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Quem nunca foi embora

Ressurgiu.
como fênix reviveu
não das cinzas, desabrocha de dias coloridos
das manhãs compartilhadas em céu azul claro 
de noites escuras, iluminadas por anseios de clarear nossa caminhada 

Retomou.
trouxe o sorriso por inteiro 
o beijo que a lembrança tanto implorava
as lágrimas de felicidade 
e a paz no travesseiro 

Raiou.
feito o astro rei esquentou a pele
queimou o velho abatimento 
aqueceu o corpo com um forte aperto 
ferveu os batimentos num estalar de dedos

Renasceu.
o sentimento veio a milhão 
a boca cuspiu o coração 
ansioso e tomado pela euforia respondeu:
nada renasceu, pois nunca morreu.