terça-feira, 9 de julho de 2019

Lenda urbana

Era magia, quiçá fantasia; podia jurar 
em movimentos de cabelo, iludiu a visão 
curto e ondulado, meus dedos podiam surfar
ter os sete mares na palma mão 

Naufraguei
pirata, de primeira jornada, sucumbi
mística, veterana de mares e marés, brincou
terra à vista nunca mais vi 
cercado de sol e sal, feito o mar, a boca salgou 
sede de ti

doce e pura como os rios
sorrio
sou rio, calmo e contínuo
és mar aberto, inundada de bravas ressacas

controversos 
conto em versos enquanto a maresia exala 

composta de signos e sinais
aquariana, nada fora do círculo que a circula
misteriosa, prevalece a lenda
faz o faz de conta ser real
meus olhos avistaram
ao avermelhar o céu, saindo de cena 
a sereia com o mais belo par de pernas.