domingo, 30 de março de 2014

Que ela leia essa poesia

Deixa o mundo ler seus olhos
E o que teus lábios tem a dizer.
Esquece essa roupa de molho,
E deixa o resto por fazer.

Vem pra minha casa hoje mais cedo
Que o beijo de ontem não foi tão bom.
Não quero mais te ter com medo.
Quero te amar com todo o dom.

If you need a man to deposit,
All of your desires and fears,
I'm here to this and to be your way
'cause you was my way, always.

Não tenho pressa nem planos.
Só desejos e medos,
Desejo tanto o seu esmero
E peco tanto no desespero.

terça-feira, 25 de março de 2014

O copo estilhaçado

Sonhei que estava dormindo
acabei acordando em transe
culpa da ressaca de domingo
que me fez desprender do romance

Cheiro de licor no ar
o estômago não cansa de roncar
mancha de batom na camiseta
sinais da noite porreta 

Virei passado para dama
esqueci a moça na cama
nada calculado, puro acidente
pelo visto, ficarei sem dente

Sou moço da boemia
fazer o que, meu amor?
perdoe-me a rebeldia
te levo na próxima que eu for.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Certeiro

de todo teu cabelo liso
o que me afina é o coração
a cada ponta do teu riso
saem as mais puras sensações

na minha cina de poeta
o meu dia passa mais lento
e mesmo que você seja discreta
não há quem pague esse momento

o de nós dois, ficar a sós
que o amor seja assim, feito nós
do marfim ao cetim, sem atroz
que o amor seja sim, um aperto de nós

depois de tantas indiretas
o meu conceito foi certeiro
o meu arqueiro foi fatal
e o meu dia desalento

segunda-feira, 17 de março de 2014

Vizinha

Daqui de cima observo
bela moça do prédio ao lado
minha euforia eu conservo
quando estamos lado a lado

Apresenta um andar confiante
rapidamente leva-me ao delírio
dona do dengo marcante
nela encontro o equilíbrio

Tem lá seus defeitos
mas deles faço descaso
é mulher de efeitos
que me causa embaço 

Leia minha poesia
prove um pouco de mim
prende tua boca na minha
e esquece um pouco do fim.

quinta-feira, 13 de março de 2014

De mim mesmo a mim

O rosto que eu mas via,
Era o que mais desejava;
Aquilo que eu nem sentia,
Me guiou pelas vias largas.

O aflito sorriso efusivo
E o rosto triangular,
Faziam de mim um contudo
E um portanto a se zelar.

Pensando diversas vezes em pousar
E nunca mais levantar voo;
Uma vez me encontrei comigo mesmo,
E conversamos durante horas sem parar.

O belo rosto que agora me guiava,
Me dizia tantas coisas boas pra brindar;
E aquilo que fingia não sentir,
Me indicou o melhor caminho pra trilhar.

O sorriso ainda aflito e sem embargo,
Sem nenhum motivo pra essa matriz.
Contudo, se abria cada vez mais largo,
Portanto, assim se fez bem mais feliz.

domingo, 9 de março de 2014

O palhaço

O rapaz caminha feliz
sempre com o sorriso presente
pintou de vermelho o nariz
e foi deixar o povo contente

Guardou a mágoa na mala
esqueceu a tristeza na sala
tudo isso em respeito ao povo
quer contemplar um sorriso novo

Alegria se vai com a maquiagem
nos bastidores lacrimeja
a euforia era plena miragem
nem sabe mais o que almeja

Não é permitido chorar
o circo necessita de ti
o público irá te consolar
palhaço, volte a sorrir.

quarta-feira, 5 de março de 2014

O bloco que eu esqueci

Carne fresca na brasa,
O aval pra cerveja gelada.
Carro forte não passa na praça,
Gardenal não se deixa na caixa.

Cabo frio é lugar de folia;
De amantes e de muito amor.
Aquele doce e sucinto amor
Que não dura nem poucos três dias.

Cavaleiros sem educação;
Meretrizes bem arrumadas;
Homens sendo a mulherada;
Mulheres, o centro da atenção.

Carmem Miranda que se orgulha,
Sendo fantasia da garotada.
Carnaval é pequena fagulha,
Do que se quer mesmo essa rapaziada.