quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ciranda

Solta pipa, rola a bola, roda o pião
criança se diverte na rua 
sem medo, sem vaidade, haja imaginação
está no quintal, mas é o dono da lua

Feliz, pois não aprendeu o amor
      mas tem amor pela liberdade        
pouco importa se faz frio ou calor
esbanja toda a sua felicidade

Leal ao teu nome criança
como pode ser tão inocente?
é onde deposito esperança
é a salvação de um mundo carente

Um dia irá crescer
mas o moleque é imortal
nem pense em deixar morrer
essa tua fase carnaval.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Sim pro erro, não pro acerto

a ambição do amanhecer
de fazer tudo esplandecer
de se manter em refratário
pra tudo o que é extraordinário

é o reflexo de todo ser
que sempre tenta o bem viver
e acaba sendo mais um raio
vindo do céu feito paspalho

toda tolice que é respeitada
legitima a possível e desalinhada
individual carreira de desertor

todo tolo de vida desvairada
que segue as ruas desniveladas
admitem ser um bom infrator

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Universo quase paralelo

Amante de amores utópicos
daqueles que tiram o sono
de mulheres belas e seus protótipos
e os inesquecíveis abandonos

De poesias jogadas ao vento
que ninguém apanhou para ler
onde o sofrimento é questão de tempo
e o tempo te ensina a viver

Amores de lágrimas exaustivas
e de risos poucos corriqueiros
de depressões chamativas
e sentimentos verdadeiros

Talvez seja apenas masoquismo
e esteja longe de ser amor
mas com todo lirismo
é gracioso sentir dor.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Vem da mente e do coração

Emana da voz aquilo que exala da mente.
O que se exalta inerente ao que é pensamento;
Que se pensa inconsciente, nem sempre é relatado;
Mas da voz saem coisas que vem de ambos os lados.

Tens a voz da razão, a face do racionalismo.
Toda boa impressão é contestada sem vícios.
Não há razões ou motivos pra qualquer conformismo;
E qualquer suposição é descartada sem princípios.

Tens a voz da ilusão que é bem mais confortável,
Trás com ela um bom som, confiante e inefável.
Te agrada em bons tons, de azul e vermelho;
E de bom grado te faz se ver bem ao espelho.

O amor vale as penas quando são bem tratadas.
É razão do poema e ilusão de carijó;
Faz o opaco se encher, gratificar-se, enternecer.
Vai além de você, não vale desatar o nó.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Quase um

Há duas damas no meu peito
não que eu seja cafajeste
considero-me um rapaz direito
bem longe de ser uma peste

Mas o exagero é desnecessário
amor demais gera loucura
amar duas mulheres é hilário
duas loucas é tortura

Sei que isso é bigamia
mas não me jogue na prisão
eu preciso de terapia
talvez aquete meu coração

Os dias passam e elas saem do lado
a depressão passa com o tempo
mas antes de irem deixaram um recado
algo escrito cafajeste, não me lembro.

sábado, 4 de outubro de 2014

Juntos no mesmo barco

Todos que se fazem presentes em amizades
Carregam consigo o fardo da não-maldade
Já que amam com grande fardo de bondade
E se respeitam independente de qualquer verdade

Opiniões não se enturmam todavia
Todas as vias possuem peculiaridades
Os cruzamentos fazem com que todos riam
E se respeitem independente de qualquer idade

Resta a nós zelar pelo que é dado
o destino é bom demais com seus soldados
e a qualquer outro que o dê valor

Resta a nós velar pro mesmo lado,
pro mesmo mar, sem conflitos, pra não morrermos afogados
e quem sabe juntos gerar algo de valor.