terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Amor adjacente

Fisgou?
Ou só deixou e foi vivendo...

[estranho]

O modo como enxergamos nossas falhas;
As mazelas, as folhas rasgadas;
Minha parcela e a sua culpa;
Não é assim que vemos?
Mulheres; Homens;
No antigo caminho éramos tão paralelos
mas agora seguimos sozinhos
Tão pobre que somos.
Como uma ilustre e só taça de vinho,
sem ninguém pra beber.
Caprichamos no amor
Fizemos tão bem para que ninguém o esqueça.

[entenda]

Feito matéria nova, poucos entendedores;
Haja destreza.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A musa

Presencia os ingredientes do verão
a alegria, o calor, a simpatia
unido ao corpo a famosa vermelhidão
e junto ao ombro a marca que é pura covardia

Fervorosa como o mar de Copacabana
faz do sol seu maior complemento
está tudo encaixado na trama
e para variar causou engarrafamento

Congestiona o ar com o veneno irreversível
e traz a loucura por alucinação
a moça é daquelas  imprescindíveis 
realmente o símbolo da estação

O verão outra vez se despede
e ninguém sabe seu paradeiro
e a reza do povo pede
que todo mês seja janeiro.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Ela


                              Sorriso!
           Cativa, instiga, me ensina;
        Me supre, me vinga; me adorna;
O volume da raiva, do rádio, da noite.

   Me inspira, essa mulher me inspira;
         Irrita, entorpece, se corrói;
         Se arrepende, corre depressa,
                        volta pra mim.

                               Assim;
        E bela como uma velha jasmim.
              Madame, senhora, coroa.
          Um tom doce no suco amargo;
         Soco fraco de braços fortes;
                         E o sorriso;
                Largo como o coração.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A madrugada

No silêncio da madrugada
A reflexão e a nostalgia vem à tona
A serenidade que invade sem pedir licença
Mas também não precisa

Aquela antiga saudade afogada num café
Uma saudade com cheiro de mulher
A saudade que é a saudade que é!
Que estará comigo pro que der e vier!

Aquela tristeza sem tamanho
Que se esvai com o tempo
Um tanto quanto lento
Que vem junto ao vento

Aquela felicidade ligeira
Que invade o peito
Parece um monte de besteira
Mas deixa qualquer e quem quer satisfeito

Na madrugada tudo pode aparecer
Até o fantasma que você não queria nem ver
O fantasma que queria apagar da memória
Aquele velho fantasma da sua velha história.

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