é carnaval, na pedra e onde quer que eu vá de táxi
como as roupas que visto,
o cisco no olho me faz chorar
ninguém tá olhando, sigo meu caminho calmo
lembro do formato do teu rosto,
adoro quando olha de lado
o riso dado sem ar
a simplicidade me deixa cansado
é tanta pouca coisa pra lidar
a gente insiste tanto em se manter errado
por que não só deixar de lado
aquilo que nos deixa indisposto
você escolhe teu destino
eu decido não escolher
deixo que a dialética do mundo
implaque em mim o que tiver de ser
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Efeitos da saudade
talvez por não saber conviver com o adeus
Portanto, reapareça
diariamente a sala chora exatamente às nove
sem seu corpo esticado no sofá
prestes a resmungar sobre a novela
A cama reclama todas as noites
fazendo um chiado insuportável sem seu lado preenchido
Os vizinhos exigem fofocar sobre nós
sentem faltam de espalhar que nossa relação estava aos fins
dos diversos chifres que colocavam em nós
más línguas difamavam que éramos madeira e cupim
Pense duas vezes
três se for preciso
quatro por puro juízo
cinco pelo meu riso
Sem mais delongas, retorne
pois, assim como os outros, reclamo
e como ninguém
te amo.
Assinar:
Postagens (Atom)